domingo, 30 de maio de 2010

Edição de sonhos. A gente se vê por aqui.


A capacidade de influenciar é algo que qualquer pessoa deve obter para alcançar seus objetivos. Na propaganda, principalmente, não é diferente. Mas até que ponto essa influência pode chegar? Existe um limite? A todo momento somos bombardeados de "conselhos"; para termos o bumbum da Juliana Paes, a cor do cabelo da Gisele Bünchen, o carro que o Brad Pitt dirige. Conselhos esses que iludem, editam nossos sonhos, como Photoshop, nos fazendo sentir capazes de viver na 'Ilha de Caras' e ser a capa da revista. 

O fato é que a propaganda é um mecanismo de ação carregado de intencionalidade. Propagandas que nos estimulam, propagandas que nos emocionam, propagandas que nos impõe. E ao dormimos, aquelas frases de efeito, aqueles conselhos imperdíveis rondam nosso inconsciente; em outras palavras esse é o poder da persuasão, meu caro! E não podemos culpar os publicitários, o desejo de consumir, apenas pode ser despertado com a apresentação, com a oferta dos produtos, precisamos "ver pra crer". E se fosse tão ruim assim, não comeríamos o peru da Sadia no natal só porque ele parece mais suculento, tem carne macia e vem com um pino que avisa quando está no ponto. Vende-se muito mais os elementos ideológicos de diferenciação, do que propriamente o produto.


O mundo capitalista atual permite essa competição, esse desejo de consumação, seja por bens indispensáveis ou os totalmente dispensáveis e supérfluos. Fazendo da publicidade um instrumento de manipulação, transmitindo, muitas vezes, informações enganosas sobre os produtos, direcionando assim a nossa liberdade. Bons mesmo eram os tempos em que as propagandas eram utilizadas para, somente, nos informar sobre tal produto, passando fielmente as características e dando-nos o direito de escolha.

E ai?! Viramos escravos da publicidade, e essa é uma realidade inevitável. Isso nos faz lembrar daquele pôster do Tio Sam com a seguinte frase: "I Want You for U.S. Army" ("Eu Quero Você para o Exército dos EUA"). Quer exemplo melhor que esse?! E isso nos mostra que propaganda não é uma ciência, como é proposto por alguns autores, é persuasão. E persuasão é ou não é uma arte?!


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